quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Descendência de Manuel José de Sousa Leote §1


Descendência de
Manuel José de Sousa Leot
e sua mulher Benilde Sinclética Dourada da Silva 

No texto que se segue apresentamos a descendência deste singular militar e de como ela se entrelaça ao longo do tempo com raízes brasileiras, espanholas e portuguesas estando a sua descendência aparentada com várias famílias com os apelidos Bustorf, Guerra, Furtado, Leote Tavares, Cunha Ribeiro, Júdice Cabral, Amado da Cunha, Sousa Martins, Lança, etc. com raízes em Lagôa, Lagos, Portimão e Lisboa. Vejamos então....
§ 1

Manuel José de Sousa Leote (meu pentavô), foi filho primogénito do capitão de artilharia Joaquim Miguel da Silva Leote, natural de Torres Vedras e de Joaquina Casimira Lúcia Xavier. Neto paterno do dr. juiz de fora Manuel José de Sousa Leote, de Lagos, e de Maria Clara de Naves, de Torres Vedras. Neto materno do cirurgião militar António Vidal Lobo, de Marmelete, e de Ana Joaquina Xavier, de Lisboa.

Nasceu a 8 de Maio de 1777 em Lagos, São Sebastião e foi batizado a 19 do mesmo mês, sendo padrinho o Reverendo Prior encomendado o Dr. José de Azevedo Magalhães e madrinha por procuração sua irmã dele prior, D. Margarida Micaela de Azevedo mulher do dr. juiz de fora da vila de Monchique, João António de Barahona. Manuel José morava na Rua Afonso de Almeida quando faleceu com todos os sacramentos a 24 de Julho de 1850 na mesma paróquia e foi sepultado no adro da paroquial de São Sebastião.
Igreja de São Sebastião, Lagos (foto cedida por António Guimarães, web)
Teve uma carreira militar bastante bem documentada que passamos a rever. Iniciou a sua carreira assentando praça de soldado em 26 de Outubro de 1793. Foi reconhecido cadete em 23 de Março de 1794, alferes de fuzileiros em 18 de Agosto de 1797 e de caçadores em 11 de Março de 1801. Foi tenente por decreto de 15.8.1805. Ausentou-se para os estados da América acompanhando a família real para o Brasil com sua alteza real encontrando-se em serviço na corte do Rio de Janeiro em Novembro de 1807. Passou a capitão graduado em 13 de Maio de 1808 e capitão efetivo em 29 de Agosto de 1808.

Pouco tempo depois de casar no Brasil recebe carta de nomeação, datada de 27 de Outubro de 1810, para comandante das tropas de linha da ilha São Miguel, Açores, no qual posto tinha sido promovido a Sargento-mor a 18 de Outubro de 1810, nomeações feitas no Rio de Janeiro.
Forte de São Brás, Ilha de São Miguel, Açores
Despacho de 12 de Outubro de 1810, publicado pela secretaria de estado dos negocios da marinha e domínios ultramarinos no Santíssimo dia dos Annos de Sua Alteza Real o Senhor Principe Regente. - Sargento-mor comandante da tropa, que guarnece o Castelo de S. Brás na Ilha de São Miguel, Manuel José de Souza Leote, Capitão do Primeiro Regimento de Infantaria de Linha da Côrte.


Passados uns anos é promovido a tenente-coronel e a comandante da ilha de São Miguel em comissão extraordinária dada no Rio de Janeiro a 23 de Agosto de 1814 assinado pelo príncipe regente D. João.

Esteve colocado em São Miguel durante 8 anos durante os quais, a 2 de Outubro de 1813, solicita mercê, como sargento-mor da Guarnição do Castelo de São Brás da cidade de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, a pedir uma licença por espaço de um mês para ir à praça de Lagos. Assina um ofício, a 5 de Outubro de 1814, a D. Miguel Pereira Forjaz, ministro e secretário de Estado dos Negócios da Guerra, sobre armamento das tropas das ilhas dos Açores. A 31 de Novembro de 1816 faz um requerimento pelo qual pede seja efectivada a licença que pede de 8 meses para ir ao Algarve, depois de ter estado 3 anos em Lisboa sem o poder fazer, tratando de aprontar armamento artilharia e mais objectos para a defesa daquelas ilhas de que tanto se necessitava. Também se diz que foi devido ao bom desempenho que teve como comandante da tropa de linha de São Miguel que foi destacado para esta comissão pelo então governador capitão general das ilhas dos Açores, Ayres Pinto de Sousa. Pediu a Sua Majestade lhe concedesse os 8 meses de licença depois de passar mais de 3 anos em Lisboa nas diligências para que foi nomeado, tendo sido concedida a licença a 3/11/1816. Toma a peito o comando nos Açores preocupando-se pelo apetrechamento militar de outras ilhas como a Terceira e o Faial de que presta contas.

Cansado, escreve vários requerimentos, um deles a 17 de Agosto de 1821, no qual se pede dê por acabado o seu serviço no Ultramar mandando-o incorporar no exército do Reino. As razões são a de preservar a sua saúde que muito tem sido alterada pela diferença do clima das ilhas. Ainda acrescenta que é natural da cidade de Lagos tem alí sua família que consiste em sua mãe viúva, sua mulher e três filhos e uma irmã (...), que somente vence de soldo 32$000 réis e que com esta verba é impossível suprir o sustento de sua mulher e seus filhos menores de 7 anos e em alternativa pede a reforma; sendo reforçado, a 9 de Setembro de 1821, por outro requerimento no qual faz o pedido de lhe ser terminado o tempo de serviço no ultramar e no qual se anexam documentos justificativos dos períodos servidos fora do reino. 
A antiga cidade de Lagos.
É, por fim, nomeado Governador da Praça de Lagos, no reino do Algarve em 1821. Depois, com o posto de tenente-coronel graduado em coronel, é colocado no comando do batalhão da Praça de Elvas sendo promovido a coronel pouco depois. Ao passar por Lisboa recebeu ordem de marcha para comandar o Regimento de Infantaria N.º 6 no Porto, em Maio de 1824. Entretanto é transferido do Regimento de Infantaria n.º 21 para o Regimento de Infantaria n.º 24 em Bragança onde ainda estava em Julho-Agosto de 1825. Após ter ocupado quatro povoações em frente a Chaves é colocado, a 18 de Setembro de 1826, como comandante de Batalhão da Praça de Valença do Minho onde é governador interino das armas da Província do Minho. É reformado na forma da Lei, mas contrariado como demonstra a correspondência repetitiva sobre o tema, o coronel tenente‑rei [segundo comandante da praça] e é colocado a comandar o Regimento de Infantaria n.º 2 de Lagos em 1828. Depois de tomar posse deu ordem de prisão a João Velloso Pessanha Cabral [bisavô que foi de João Veloso Leote casado com Ana Furtado Guerra, família de quem falaremos adiante], prisão essa que não se verificou uma vez que Cabral adoeceu. Passa a Estremoz e dali à côrte em Lisboa. É graduado Brigadeiro e reformado a 18 de Outubro de 1828. Foi dispensando dos 8 dias que faltavam para o tempo completo de 35 anos de serviço a fim de poder gozar, por inteiro, o soldo de reforma que lhe correspondia nos termos do alvará de 16 de Dezembro de 1790. Teve-se em atenção o serviço prestado por aquele oficial durante 34 anos, 11 meses e 22 dias, o qual era contado desde 26 de Novembro de 1793, em que assentou praça, até 18 de Outubro do ano presente, em que tinha sido reformado. Em seis anos serviu as praças de Lagos, de Elvas, do Porto, de Bragança, de Guimarães, de Monte Alegre, de Valença, de Viana do Minho, de Tavira e de Estremoz.


A sua reforma não foi pacífica mas sim resultado de uma denúncia de Jorge M. de Moura partidário da Rainha D. Maria II que nessa data começava a reclamar o trono que por direito lhe pertencia. No fim de contas reformado ficou.



Manuel José de Sousa Leote casa no Rio de Janeiro na capela da Conceição do (antigo) Palácio Episcopal no morro da Conceição do Rio de Janeiro. Hoje em dia a capela já não está aberta ao culto mas foi transformada numa biblioteca que pertence aos militares do serviço de cartografia do exército brasileiro, hoje denominado Palácio Episcopal e Fortaleza da Conceição.

Antiga Capela da Conceição do antigo Palácio Episcopal do Rio de Janeiro hoje pertencente aos serviços cartográficos do Exército Brasileiro - biblioteca (fotos do autor, interior e exterior)

O casamento ocorreu a 22 de Abril de 1810 com Benilde Sinclética Dourada da Silva, n. a 10 de Outubro de 1791, no Rio de Janeiro, filha de José Inácio da Silva e de D. Inês Maria Cândida Dourada que também foram pais de Inácia Maria de Sousa casada com Joaquim António Rodrigues Galhardo militar que fez carreira na Marinha, f. 26-10-1826 em Lisboa, Santa Isabel, e de Narciso António da Silva de quem desconheço descendência.
Assento de casamento de  Manuel José e Benilde Sinclética
José Inácio da Silva, nasceu na freguesia de São José de Lisboa e ela, D. Maria Inês Cândida Dourado nasceu no Rio de Janeiro e batizada na Capela Real da Fazenda de Santa Cruz.

José Inácio e D. Maria Inês casaram na paróquia de São José (foto abaixo)  no Rio de Janeiro a 1 de Setembro de 1790. Benilde era neta paterna de Jacinto Inácio da Silva e D. Teresa das Graças de Jesus e neta materna de João Dourado de Azevedo e de D. Teresa Rosa Dourado. Benilde faleceu antes do marido mas, por mais que procurasse em Lagos, não consegui encontrar o assento de óbito.

Igreja de São José, perto do Paço Imperial na Praça XV, no centro histórico Rio de Janeiro (fotos do autor)



Assento de baptismo de Benilde Sinclética Dourada da Silva, na Igreja do Santíssimo Sacramento (foto abaixo).
Aos 10 dias do mês de Outubro de 1791 anos nesta catedral, baptizei e puz os santos óleos à inocente Benildes, filha legítima de José Inácio da Silva, natural e baptizado na freguesia de Santa Isabel da cidade de Lisboa e de Inês Cândida Dourada, natural e baptizada na freguesia da Fazenda de Santa Cruz. Foi padrinho o major António José da Cunha e madrinha por procuração Teresa Rosa Dourada do que para constar fiz este assento que assino. (a) O coadjutor Francisco de França Campos.

Igreja do Santíssimo Sacramento, ex-catedral do Rio de Janeiro (fotos do autor)

De volta à Europa
Sabemos que Benilde Sinclética Dourada da Silva e seu marido Manuel José de Sousa Leote, regressaram à Europa, acompanhados por uma criada, na charrua São João Magnânimo.


Este barco foi construído em [madeira de] sucupira, no Pará, em 1797, pelo construtor Manuel José da Silva Galinha. Era um belo navio de 1000 toneladas, aguentava bem a vela, nunca desgovernava, mas com vaga alta ou com pequeno mar pela proa, caturrava imenso, metia o beque debaixo da onda até o perder. Por Portaria de 16 de Fevereiro de 1836, passou a denominar-se simplesmente Magnânimo. Tinha de comprimento 41,15m; de boca 10,09m; de pontal 7,50m e uma lotação de 150 almas. Em 15 de Fevereiro de 1800 chegou a Lisboa vindo do Pará. A charrua desempenhou várias missões, nomeadamente, em Julho de 1807, o ter largado incluída na esquadra em que retirava para o Brasil a Família Real. Em 25 de Junho de 1845, segundo anúncio, concluiu-se o leilão do resto das fazendas da charrua, pelo Supremo Tribunal da Marinha. Foi desmanchada na Azinheira, por inútil, em 9 de Agosto de 1845. Informação Biblioteca Central da Marinha Portuguesa. Charrua São João Magnânimo. Armamento: 18 peças de artilharia. Pouco tempo depois, em Setembro de 1811, a charrua, voltou ao Rio de Janeiro com um lote de 87 caixotes de livros, o terceiro e última lote de livros do acervo da Biblioteca Nacional embarcados para o Brasil e que hoje constitui o acervo central da Biblioteca Nacional Brasileira.

Manuel José e Benilde vinham do Brasil com a intenção de aportarem a uma das ilhas dos Açores uma vez que Manuel José ali tinha sido colocado em São Miguel como sargento-mor. Dá-se o caso que o barco não aportou a nenhuma das ilhas e acabaram por arribar a Lisboa. Sabemos isto porque existe uma certidão que atesta do nascimento do filho primogénito a bordo a 6 de Fevereiro de 1811



Atesto que por despacho que recebi do sereníssimo senhor infante Almirante General junto à real pessoa do príncipe regente nosso senhor, de 2 de Novembro do ano próximo pretérito em 11 de Janeiro do presente ano, recebi a bordo o Sargento-mor comandante do corpo de tropa que guarneceu o Castelo de S. Brás da Ilha de S. Miguel, com sua mulher e uma criada, para os transportar a alguma das ilhas dos Açores no caso de tocar em alguma delas. Por não tocar em nenhuma das ditas ilhas desembarca em Lisboa para seguir o seu destino. Outrossim declaro que a mulher do Sargento-mor teve um filho a bordo da mesma charrua no dia 6 de Fevereiro do presente ano, e por ser-me pedida lhe passei a presente por mim somente assinada. Bordo da charrua S. João Magnânimo à vela à vista da barra de Lisboa, em 12 de Abril de 1811. (a) Torcato Martiniano da Silva, Capitão Tenente-coronel.


Aparentemente morreu pouco depois pois em Abril ainda não lhe tinha sido dado nome, e de quem não se volta a ouvir falar no futuro. Benilde durante os três anos de comissão de serviço do marido ficou com ele em Lisboa, mas nem sempre na mesma morada como se pode ver pelo local de nascimento dos seguintes filhos. Aparentemente, houve mais um filho além do que nasceu no mar e que faleceu antes de 1815 como se pode ler em carta do irmão Sebastião, também militar, que se encontrava igualmente no Brasil e que lhe dá os pesamos por esse facto. Quando Manuel voltou à ilha de São Miguel, Benilde foi para Lagos onde vivia  grande parte da família do marido. Os irmãos e pais dela devem ter ficado pelo Brasil ou fora de Lisboa. 
Assim, Manuel e Benilde, tiveram: 
            A.1. Filho primogénito de quem já se falou, nascido a bordo.

            A.2. Maria Bárbara das Naves Leote, a única cuja descendência não se extinguiu e que segue no §2. Desta senhora descende o autor.

A.3. António Correia da Silva Leote, n. a 7 de novembro e a 14 de Dezembro de 1815 foi baptizado em Lisboa na freguesia de São Nicolau. Foi padrinho o excelentíssimo bispo do Rio de Janeiro capelão-mor por seu procurador seu tio o capitão ajudante de ordens, António Corrêa de Bulhões Leote, e madrinha Dona Ignacia Maria da Silva Galhardo sua tia por quem tocou seu marido o capitão tenente Joaquim António Rodrigues Galhardo. António Correia da Silva Leote fez carreira na Marinha Portuguesa onde assentou praça com 16 anos em 1831 e chegou a contra almirante em 20 de Agosto de 1879. Era Cavaleiro de S. Bento de Avis, teve a Medalha de D. Pedro e D. Maria; foi Comendador da Soberana Ordem Armada e Medalha Militar com a pensão anual de 25$000 correspondente à classe de Comportamento exemplar. 
Foi capitão tenente, imediato na nau Vasco da Gama e vivia na Rua dos Jerónimos, 75 em Lisboa. Foi governador do Distrito de Inhambane, Moçambique entre 1855 e 1857; Membro do Conselho de Guerra entre 1861 e 1866; Capitão do Porto do Faial, Açores, entre 1866 e 1868, Intendente da Marinha entre 1868 e 1872 e Presidente do Conselho de Guerra entre 1872 e 1879. Foi herdeiro e administrador do Vínculo ou Morgado instituído por seu tio-avô Francisco Tavares Leote, do qual já tinha sido administrador seu pai o Brigadeiro Manuel José de Sousa Leote. Desse vínculo ou Morgado fazia parte, entre outros prédios, a Quinta da Boavista no Ameal, Torres Vedras [comprada pelo doutor juiz de fora Manuel José de Sousa Leote, bisavô desta geração] e que foi alvo de um processo judicial de cobrança de foros, extenso e longo, que tendo começado em 1834, ainda na menor idade legal de António (menos de 25 anos de idade) herdeiro da administração do vínculo, só terminou depois da morte do pai, em 1852. António Correia da Silva Leote ficou solteiro sem sucessão.

A.4. Benildes, n. a 7 de Janeiro e b. a 17 de Março de 1817 na freguesia de São Nicolau em Lisboa e que deve ter falecido pouco depois uma vez que não é referida em mais nenhum documento. Os pais eram moradores na Rua Nova da Princesa, em Lisboa. Foi padrinho seu tio Narciso António da Silva, irmão da mãe, e madrinha Nossa Senhora da Conceição.

A.5. Inês Cândida Dourado da Silva, nasceu antes de 1824 que não nas freguesias onde nasceram os seus irmãos nem em Lagos, onde não se encontrou o assento. Provavelmente nasceu noutra morada intercalar em que seus pais estavam devido à movimentada vida profissional do pai. Casou com o seu primo-irmão Joaquim Guilherme Leote Corte-Real [nascido a 25 de Junho e b. a 3 de Agosto de 1824 na freguesia de Santa Maria em Lagos, tendo sido padrinho o seu tio, o Coronel de Milícias Lázaro Moreira Landeiro Corte-Real] filho de José Maria Berardo de Azevedo Corte‑Real e de Bárbara Benedita de Bulhões Leote, também eles primos, de quem houve uma filha a que puseram o nome de Inês, como a mãe, n. e b. a 6 de Setembro de 1853 na freguesia de São Sebastião em Lagos, baptizada em casa por necessidade em perigo de vida (...) assistindo às cerimónias José Sebastião Leote Corte-Real com procuração de António Correia da Silva Leote, primeiro Tenente da Armada, e D. Bárbara Benta de Bulhões Leote Corte-Real, avó da recém nascida. Inês Cândida faleceu depois de finalizado o processo da Quinta da Boavista, enquanto seu marido faleceu depois de Agosto de 1841. Sem mais descendência. Curiosamente, numa lista de convidados para um evento em casa de primos (Viscondessa da Quinta de São Tomé), provavelmente em 1905, aparece listada uma Inesinha, que só pode ser uma destas, e que morava em Lagos nesta data.  

              A. 6. Manuel José da Silva Leote, ou Manuel José Leote, n. a 1824 na freguesia de São Sebastião de Lagos, como se lê do seu assento de casamento. Depreende-se o ano pelos processos militares nos quais se diz que em Janeiro de 1850 tinha 25 anos e seis meses. Foi militar tendo assentado praça a 2 de Maio de 1843 com 19 anos. Foi feito alferes em 14 de Julho de 1852 e capitão a 21 de Outubro de 1872. Foi reformado no posto de major a 14 de Setembro de 1880 fazendo quase toda a sua vida militar destacado em comissão no Ministério da Guerra. Casou a 26 de Abril de 1850, pouco antes da morte do pai, na freguesia de São Mamede em Lisboa, com Maria Cecília de Mesquita filha de João José de Mesquita e Francisca Joaquina Cardoso, n. na freguesia de Santa Justa conforme diz o assento de casamento apesar de se terem visto os livros dessa freguesia de 1815 a 1833 sem que fosse encontrado. Deste casamento houve duas filhas que faleceram solteiras. A mais velha, (A) Benilde Sinclética de Mesquita Leote, n. cerca de 1854 o que se depreende pelo óbito, mas se ignora qual a freguesia apesar de se ter procurado na de São Mamede, onde casaram os pais [viu-se o livro n.º 8 de assentos de b. desde 1850 até 1860 sem sucesso]. Tinha como profissão doméstica e à data do óbito vivia na Rua de Santa Marta, 388, 4.º esquerdo, em Lisboa, tendo falecido, solteira, no dia 12 de Setembro de 1916 às 4 horas e 12 minutos de bronquite. Foi enterrada no cemitério do Alto de São João, também em Lisboa, no dia seguinte às 15h45. Já da outra irmã mais nova que se chamava, (B) Clotilde de Mesquita Leote, pouco se sabe, apesar de haver uma fotografia dela com identificação confirmada. Deve ter nascido depois de 1861 data em que, no processo militar do pai, se diz que só tem uma filha, e ainda era viva, como a sua irmã, aquando do evento referido acima, em 1905, e moravam as duas no Largo de Arroios, 142, 5.º em Lisboa para onde foi enviado o convite. Todas sem geração.


Segue no §2 da descendência de Manuel José de Sousa Leote

2 comentários:

  1. Excelente trabalho Caro primo João Luís.
    Muito obrigado. Vou ler e reler com todo o carinho e atenção.

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  2. perfeito como tudo o que fazes ... adorei

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